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Foto do escritorFernanda Pinto Fernandes

Viana do Castelo forma 220 profissionais para resposta a catástrofes com curso MRMI


O Pavilhão Nicolau Veríssimo, situado na Meadela, acolhe, ao longo desta semana, dois cursos de larga escala Major Response to Major Incidents (MRMI) que pretendem preparar profissionais para resposta a catástrofes, correspondendo ao único curso no país com certificação internacional para este tipo de formação.



Nas duas formações, serão cerca de 220 os profissionais formados para situações de catástrofe.


Hoje, no arranque do primeiro curso, o Presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, reconheceu que “esta formação é absolutamente determinante no que pode ser o sucesso da resposta a um evento”. “Temos sempre duas formas de atuar: acreditar que todas as estruturas que aqui estão têm, de facto, as suas competências e vão conseguir dar resposta correta e condizente com o evento ou temos a segunda hipótese que é termos a certeza que, em cada quadro, todos os intervenientes estão perfeitamente conscientes e sabem qual a sua peça do puzzle para que tudo encaixe e flua com naturalidade. Não tenho dúvidas que esta formação vai cumprir esse desígnio”, declarou.

“Estamos num espaço territorial com especificidades muito grandes, que sofreu evolução, em que essa evolução implica naturalmente reformulação, contextualização e, no fundo, evolução para que possamos, em cada um dos diferentes cenários, dar a resposta acertada. Temos frente atlântica, temos áreas fluviais significativa, temos serra, temos vias, temos contextos industriais totalmente distintos, temos uma condição cada vez cada vez mais exigente em termos de eventos naturais”, afirmou o edil, considerando este curso “fundamental” para que os profissionais estejam devidamente preparados para todos os cenários.


O Presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), Franklim Ramos, indicou que “a correta planificação destas atividades não servirá certamente para responder a todas as exigências que uma situação destas implica, mas será, sem dúvida, de vital importância para minimizar as repercussões devastadoras da instalação de catástrofes dentro do próprio hospital”.

“O curso MRMI tem como principal objetivo promover a resposta à catástrofe de uma forma integrada por todos quantos desempenham funções de proteção e socorro às populações”, declarou, “desde agentes de proteção civil, bombeiros, polícias, GNR, exército, marinha, médicos, enfermeiros e demais colaboradores na área da saúde, bem como todos os profissionais com responsabilidades de gestão, de comando e de controlo”.


O Diretor do Curso MRMI, António Marques, indicou que o principal objetivo destes cursos é “evitar a morte evitável”, rentabilizando os recursos existentes. “Na Hora H, se acontecer alguma coisa amanhã, vamos ter de responder com o que temos, por isso o desafio é sermos pragmáticos”, declarou.


Já o Coordenador do Madeira International Disaster Training Center (MIDTC), Luís Vale, explicou que “algo” pode “acontecer em qualquer momento, em qualquer altura, e temos de estar preparados sem entrar em stress”. “Temos de procurar a acalmia para que, quando acontece o caos, consigamos sentar numa mesa, projetar, pensar, coordenar, comandar e ter disponíveis onde é preciso os meios humanos e físicos para dar a melhor das respostas”, reforçou.



O Diretor Regional de Saúde do Governo Regional da Madeira, Herberto Jesus, em representação do Secretário Regional de Saúde e Proteção Civil, afirmou que, neste curso, “promovemos cidadania e coesão social, dando alguma experiência do que é trabalhar em conjunto, independentemente das particularidades de cada um”. “As catástrofes vão fazer parte do nosso dia a dia e temos de preparar o cidadão. Cada um de nós pode ser uma parte fulcral na resolução das situações”, referiu o responsável.


Também Miguel Garcia, coorganizador destes 23.º e 24.º curso de MRMI e Chefe da Formação na ULSAM, indicou, no arranque do primeiro curso, que, com esta formação “pretende-se qualificar e promover a diferenciação dos profissionais nesta área de gestão e comando num cenário de catástrofe”.


No âmbito do plano de formação da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), em parceria com a Câmara Municipal de Viana do Castelo e o Comando Distrital da Proteção Civil, serão promovidos dois momentos de avaliação, entre 30 de maio a 1 de junho e de 2 a 4 de junho, contando com o envolvimento de 25 formadores.


O Madeira International Disaster Training Center (MIDTC), com o apoio da Secretaria Regional da Saúde da Madeira, são os promotores deste curso que pretende treinar todas as unidades envolvidas, nomeadamente ULSAM, Bombeiros, INEM, PSP, GNR, Exército, Marinha, Força Aérea, Cruz Vermelha, Proteção Civil, entre outros. Esta formação pretende formar estes profissionais para a tomada de decisões a todos os níveis, de modo a tornar mais eficaz a coordenação e comunicação entre as mesmas, preparando-as para uma eventual situação de catástrofe.

O processo de formação procura a interação entre todos os formandos no desempenho das suas funções normais e baseia-se num modelo de simulação avançada treinando toda a cadeia de comando, cenário do acidente, transportes, pré-hospitalar, gestão de hospitais face a um cenário de catástrofe, triagem, corredores de evacuação e estrutura da comunidade que possam ser utilizadas na resposta a um grande incidente.



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