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Foto do escritorFernanda Pinto Fernandes

“Viana Abraça” dos Serviços Municipalizados de Viana do Castelo recebe selo URBACT Boas Práticas

6 de Novembro, 2024

O projeto “Viana Abraça” dos Serviços Municipalizados de Viana do Castelo (SMVC), entidade gestora responsável pelo serviço público municipal de gestão de resíduos urbanos e limpeza pública no Município de Viana do Castelo, obteve recentemente o selo URBACT Boas Práticas, foi hoje revelado.


camião dos SMVC e selo do Urbact EU

Este concurso europeu coordenado pelo Programa de Cooperação Territorial Europeia URBACT tem o objetivo de promover o desenvolvimento urbano e sustentável nas cidades da Europa.


"Esta distinção espelha o compromisso dos SMVC na implementação de estratégias e práticas sustentáveis que promovem a melhoria da gestão de resíduos e a qualidade de vida dos cidadãos e surge como uma oportunidade de reconhecimento da qualidade dos serviços públicos da Câmara Municipal de Viana do Castelo, permitindo estabelecer redes de parcerias com outras cidades europeias", refere o Município de Viana do Castelo.


O Viana Abraça surgiu da necessidade de incrementar a separação dos resíduos orgânicos, evitando, assim, a sua deposição em aterro e potenciando o papel deste recurso desaproveitado na economia circular.


O projeto é composto por dois eixos: o primeiro, vocacionado para a massificação da compostagem doméstica no perímetro rural/periurbano do município, e o segundo, vocacionado para a recolha seletiva de biorresíduos alimentares no perímetro urbano.


Os dados relativos ao ano 2023 registam a recolha seletiva de 1685 toneladas de biorresíduos, o equivalente a cerca de 120 Kg/(alojamento aderente*ano),  com valorização/compostagem pela Resulima, referente ao modelo de equipamentos de proximidade, em zona urbana. 


No eixo rural do projeto, o estudo da eficiência de captação de matéria orgânica, introduzida com a instalação de mais de 8085 compostores domésticos, registou uma taxa de participação de 83% dos aderentes e permitiu o desvio de aterro de 1738 toneladas, do total da produção de biorresíduos abrangidos por habitantes que utilizam o compostor.


"No futuro, pretende-se alargar o projeto a outras áreas do município que não estão contempladas, nomeadamente o centro histórico da cidade, onde, devido à existência de vários constrangimentos operacionais para a recolha seletiva de biorresíduos alimentares, ainda não foi implementado o projeto.  Neste caso, está previsto a curto prazo um sistema de recolha porta a porta, recorrendo a viaturas de dimensões mais reduzidas para a recolha dos biorresíduos", adianta a mesma nota.


Este é um projeto relevante para Viana do Castelo, não só pelas questões ambientais, económicas e sociais, mas também porque promove o envolvimento dos cidadãos na mitigação das alterações climáticas.



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