top of page

Peneda Gerês TV

Multimédia e Comunicação

  • Facebook Social Icon
  • Twitter Social Icon
  • Instagram

Pub

Universidade do Minho lidera projeto europeu para reduzir 50% dos químicos na viticultura

Atualizado: 4 de ago.

2 de agosto, 2024

Um projeto europeu coordenado pela Universidade do Minho pretende criar nanobiopesticidas e nanobiofertilizantes para combater pragas na viticultura, protegendo o ambiente, aumentando a produção, reduzindo custos e enfrentando as alterações climáticas. O projeto chama-se VINNY, junta 19 parceiros de dez países e conta nos próximos quatro anos com 8.3 milhões de euros do programa Horizonte Europa. A União Europeia é a maior produtora mundial de vinho e procura assim apostar na produção ecológica e economicamente sustentável a partir do know-how português.


 

A reunião inicial do VINNY foi agora no Porto e no Douro vinhateiro, num campo experimental da Quinta do Pôpa. Passar da viticultura intensiva para a sustentável à escala global e cortar em 50% os agroquímicos no setor estão nos principais objetivos do consórcio liderado por Margarida M. Fernandes, do Centro de Sistemas Microelectromecânicos (CMEMS) da Escola de Engenharia da UMinho.



Foto: VINNY junta 19 parceiros de 10 países e conta com 8 milhões de euros da União Europeia
VINNY junta 19 parceiros de 10 países e conta com 8 milhões de euros da União Europeia

Vamos estudar os microbiomas de vinhas de Portugal, Espanha, Áustria e Dinamarca para formar cocktails potentes com perfis antifúngicos e fitofarmacêuticos que, por via da nanoencapsulação e estimulação, serão mais estáveis e eficazes. Vamos também criar biofertilizantes com nitrogénio, fósforo e potássio baseados em subprodutos da indústria da carne e do tratamento de águas residuais”, explica Margarida M. Fernandes. O projeto vai propor ainda agrotêxteis impregnados com aqueles nanobiofertilizantes, além de testes à eficiência, eficácia e segurança em laboratório, em áreas-piloto e no campo.

 

Espera-se que o VINNY origine vários projetos em copromoção com empresas e associações.

O projeto abarca igualmente uma vertente social, ao estabelecer a “Rede Europeia das Vinhas” constituída por três Living Labs (laboratórios vivos) e uma Lighthouse (sede) para disseminar práticas sustentáveis junto dos agricultores e das entidades da área, impulsionando assim a inovação e a sustentabilidade no setor primário.

 

VINNY junta 19 parceiros de 10 países e conta com 8 milhões de euros da União Europeia

A nível nacional, o consórcio conta com o CMEMS (a que se alia o Centro de Engenharia Biológica, no âmbito do laboratório associado LABBELS), o Centro de Biologia Molecular e Ambiental, todos da Universidade do Minho, bem como a ADVID - Cluster da Vinha e do Vinho, a associação InnovPlantProtect e a agência de comunicação LKCOM. A nível europeu, totaliza cinco universidades, onze empresas e três associações de dez países. VINNY é o acrónimo de “Advanced nano encapsulation of bio-based pesticides and fertilisers for a circular and sustainable viticulture” e pode ser seguido nas redes sociais, como em facebook.com/vinny.project1 .

 

Foto: Investigadora Margarida M. Fernandes
Investigadora Margarida M. Fernandes

Margarida M. Fernandes nasceu em Braga há 40 anos. É doutorada em Engenharia Têxtil (na área da Biotecnologia e Ciência dos Materiais) pela UMinho e pós-doutorada pela Universidade Politécnica da Catalunha, em Espanha. Foi distinguida no Prémio L’Óreal Mulheres na Ciência em 2018, tendo ainda obtido bolsas Marie Curie e da Fundação para a Ciência e Tecnologia e uma patente. O CMEMS é classificado como Excelente pela tutela e, dentre diversos projetos multidisciplinares, tem vindo a focar-se em criar uma agricultura inteligente através do desenvolvimento de nanoformulações responsivas a estímulos mecânicos, de luz e elétricos para a ativação dos sistemas biológicos, e com recurso a inteligência artificial, para que a agricultura se torne um setor tecnológico de vanguarda, com grande impacto económico e humano.



Comments


bottom of page