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Foto do escritorFernanda Pinto Fernandes

Três centenas de crianças vão participar em atividades da Escola Ciência Viva de Braga

Quase três centenas de alunos de 13 agrupamentos de escolas de Braga vão participar até junho na segunda edição do Escola Ciência Viva de Braga. O projeto é do Centro Ciência Viva de Braga (CCVB), com a parceria da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) e do Município de Braga.





crianças divertidas posando para a foto com batas brancas

O projeto pretende dar a conhecer várias áreas científicas e fomentar a curiosidade dos alunos pelo mundo que os rodeia. “É uma aposta ganha – no ano passado, o feedback dos alunos, professores e entidades associadas foi extremamente positivo”, referiu o coordenador da Escola Ciência Viva Braga, Pedro Dias.

 

Esta segunda edição arrancou ontem, com 28 alunos do 1.º ciclo do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga. Carminho Osório, do 4.º ano, nunca tinha visitado o CCVB. “É muito interessante, tem tudo o que é preciso para as ciências”, disse. Dinis Afonso, também do 4.º ano, concordou que a experiência foi “ótima e maravilhosa”. Este grupo de alunos é acompanhado por docentes, como Maria do Rosário: “Isto é importante para os mais novos, desde o aspeto experimental das ciências, o levantar dúvidas, o não recear colocar hipóteses”. A professora elogiou também que os miúdos expressam a sua voz, trabalham em grupo, ouvem os colegas e sabem que uma resposta que parece errada pode até desencadear outras descobertas.

 

CIENTISTAS DA UMINHO PRESENTES

 

As crianças vão até sexta-feira interagir com investigadores, imprimir em 3D, programar e controlar robôs, realizar experiências laboratoriais e tornar-se astronautas por um dia. “As atividades relacionadas com o espaço e com a biologia são desafiantes – alguns gostam do encontro com o cientista, mas apreciam muito o treino que fazem como astronautas”, conclui Pedro Dias. A Escola Ciência Viva é uma das 21 da Rede Nacional de Escolas Ciência Viva e conta com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

crianças interagindo com cientistas de bata branca num laboratório

Os docentes e investigadores da ECUM voltam a dinamizar as sessões “Conversa com um cientista”. “Ao saírem do laboratório, promovem a curiosidade científica nos mais novos e contribuem para formar cidadãos conscientes e bem informados”, revelou o vice-presidente para a Interação com a Sociedade e Internacionalização da ECUM, Hernâni Gerós. Na primeira sessão, a bióloga Daniela Baptista esclareceu questões dos alunos sobre a poluição por plásticos nos rios, mares ou lagos. “Os animais podem ingerir e acumular estas partículas no organismo, transportando-as ao longo da cadeia alimentar até chegar ao ser humano, logo é urgente encontrar soluções para evitar esta ameaça”, afirmou. Há já estudos para produzir plásticos facilmente degradados por microrganismos ou por processos mais rápidos, eficientes e ecológicos. 

 

AMBIÇÃO DE ALARGAR PROJETO A MAIS ESCOLAS

 

Nesta segunda edição participam 293 alunos em Braga e prevê-se de novo “um grande impacto”. Os responsáveis gostariam de chegar a mais escolas. “O ideal seria termos duas turmas por agrupamento, mas obrigaria a financiamento que não temos”, explica o diretor do CCVB, João Vieira. “Os feedbacks que vamos tendo são extraordinários; o enraizamento do método científico, sobretudo do gosto pela ciência, é o mais importante da escola”, resume. O CCVB teve em 2023 o recorde de 34 mil participantes em todas as suas atividades, que este ano prosseguem, como os Cafés com Ciência, o Sarau de Outono (desta vez, será no aniversário do centro, na Primavera) ou os 24 charcos pedagógicos criados nos Clubes Ciência Viva na Escola.

 

Além do CCVB, a ECUM colabora este ano letivo com os centros homólogos de Guimarães e de Arcos de Valdevez. O objetivo é “fortalecer laços entre a universidade e a comunidade, contribuir para a compreensão pública da ciência e promover uma cidadania científica para uma sociedade mais informada e proativa na resolução de problemas globais”, evidencia o presidente da ECUM, José González-Méijome. 

crianças de bata branca assistindo a uma apresentação na Escola Ciência Viva de Braga



 

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