2 de Outubro, 2024
Entres os dias 3 e 4 de setembro, na União de Freguesias de São Jorge e Ermelo e na freguesia do Vale, no concelho de Arcos de Valdevez, arderam cerca de 1300 hectares de área. Passados cinco dias foi altura de montar uma estratégia e pensar na forma de recuperar a área ardida e desenvolver um plano de estabilização urgente para que a área ardida não sofresse ainda mais perdas de biodiversidade.
A União de Freguesias de São Jorge e Ermelo, os badios e o ICNF, com o apoio da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez puseram mãos à obra e começaram a criar barreiras para evitar o deslizamento de terras e a cortar a matéria morta que sobrou do incêndio. “Rapidamente percebemos que tínhamos que juntar forças e fazer algo pela preservação do nosso território. Com a passagem de um incêndio não nos podemos dar ao luxo de esperar que a natureza faça tudo sozinha. Temos que trabalhar em soluções rápidas e que ajudem na recuperação do território. Temos que prevenir os deslizamentos de terras e que as cinzas dos incêndios vão diretamente para as linhas de água até porque já estamos no outono e caminhamos para o inverno e é fundamental que estas medidas sejam de rápida eficácia”, explica o Presidente de Junta da União de Freguesias de São Jorge e Ermelo, Horácio Cerqueira, citado em comunicado.
Mas a ação de estabilização urgente vai mais além e já se preparam para realizar uma sementeira de herbáceas de crescimento rápido como o azevém e a festuca. “Vamos fazer uma sementeira com recurso a drone que irá espalhar cerca de 1500 kg destas sementes pela área ardida de mais difícil acesso, pois estamos a falar de zonas onde a inclinação do terreno chega a ser de 20 por cento”, conta Horácio Cerqueira. Esta ação irá decorrer nos dias 2 e 3 de outubro, a partir das 9 horas e, em simultâneo, será feita uma plantação de cerca de 250 kg de bolotas no local. No total, esta ação de estabilização de emergência vai durar cerca de um mês e, para o autarca, o importante é promover a recuperação do território o mais rapidamente possível, preservar a biodiversidade que sobreviveu e fomentar o crescimento de espécies autóctones
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