A peça do antigo aluno e atual docente de Design da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Viana do Castelo, Acácio Viegas, foi inaugurada na passada sexta-feira. Está instalada junto ao Centro Cultural de Viana do Castelo. A escultura de cinco metros de altura foi desenvolvida a pedido da Associação Empresarial do Minho como forma de homenagear os trabalhadores do Minho.
“Olha-se para o monumento, o símbolo e consegue-se compatibilizar o abstrato e o figurativo, o passado e o futuro. Liga as raízes com o futuro e o grande mérito desta escultura está no facto de, daqui a 10/20 anos, se olhar para ela e continuar atual. É uma escultura suficientemente rica”.
Foi desta forma que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, se referiu à escultura desenvolvida pelo ex-aluno e hoje docente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), Acácio Viegas, e inaugurada, na passada sexta-feira, 26 de maio, em Viana do Castelo.
O desafio a Acácio Viegas, docente de Design na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Viana do Castelo, foi lançado pela Associação Empresarial do Minho, como forma de homenagear os trabalhadores da região e assinalar os dois anos da constituição da Associação.
“As esculturas são formadas por uma peça central de cinco metros de altura, construída com quatro elementos verticais principais em aço, pequenos elementos cerâmicos e painéis de vidro. Há uma segunda peça construída também em aço, das mesmas características da peça central, que permite, pelo seu desenho e escala, a interação com o observador, que é convidado a sentar-se na peça e a refletir ou meditar sobre o significado de ‘trabalho’, provocado pelos estímulos visuais da peça central”, descreveu Acácio Viegas.
“As peças fazem alusão à dimensão de um Minho unido numa visão de estratégia para a região” - Acácio Viegas - autor das esculturas
Além da peça inaugurada em Viana do Castelo, foi feita uma “gémea” para Braga, numa clara assunção à ligação entre os dois distritos e os 24 concelhos que os compõem. “As esculturas são formadas por uma peça vertical que dá a ideia de uma árvore e das suas raízes, mas também com as cores das diferentes estações. Entre a peça de Braga e de Viana do Castelo, a diferença está na cor de um dos elementos. No caso de Braga, verde, aludindo à terra, em Viana do Castelo está o azul do mar. No cimo, a ponta é iluminada e representa a espiritualidade e as celebrações com o divino. Já os seus braços dignificam a força dos trabalhadores”. “Ao mesmo tempo – acrescentou o autor –, as peças fazem alusão à dimensão de um Minho unido numa visão de estratégia para a região”. As esculturas “representam o passado”, mas permitem também “projetar o futuro, ou se quisermos, permitir que ele aconteça”, salientou também Acácio Viegas.
Na cerimónia de inauguração, a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, agradeceu a Acácio Viegas por “partilhar com o público as suas reflexões e o caminho que fez até chegar a esta obra”. “Esta peça, afirmou, resulta não só de um trabalho destes dois anos, mas de uma cooperação intensa de todo este território, em grande espírito de rede e parceria”.
Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, referiu-se à peça de Acácio Viegas como um “símbolo de agregação, celebração e cooperação”. É uma escultura, afirmou ainda, que “celebra a vontade do autor, a sua criatividade e sensibilidade”.
Visivelmente satisfeito, o Presidente da Associação Empresarial do Minho, Ricardo Costa, elogiou o resultado e a visão estratégica de Acácio Viegas. “O Acácio teve um desafio muito grande, porque, em apenas dois meses, fez uma obra de arte, que consegue reproduzir, na íntegra, aquela que é a nossa ideia de união e cooperação, que simboliza o ecossistema cooperativo entre dois distritos e os seus 24 concelhos”.
No final da inauguração, decorreu, no Forte Santiago da Barra, o debate “Estado da Arte | O Minho no Portugal de Amanhã”, promovido pela Associação Empresarial do Minho.
Comentários