1 de Novembro, 2024
O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, acompanhado pelo Vice-Presidente da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional Norte (CCDR-Norte), Jorge Sobrado, e do Bispo da Diocese de Viana do Castelo, D. João Lavrador, visitaram o Convento de S. Domingos, o Mosteiro de Santa Maria de Carvoeiro e o Mosteiro de São Romão do Neiva, com o intuito de averiguar possíveis intervenções nos referidos locais.
A visita, que também foi acompanhada pelos párocos onde os espaços religiosos estão situados, "serviu sobretudo para analisar e verificar o seu estado de conservação e identificar potenciais mecanismos de financiamento para valorizar e reabilitar este importante património religioso, de valor incalculável, e que estão a necessitar de intervenção", informa a autarquia.
O "investimento avultado" nestes três espaços religiosos depende, desta forma, de financiamento e enquadra-se na política de reabilitação que a a Câmara Municipal de Viana do Castelo tem vindo a efetuar, um pouco por todo o concelho, com diversos investimentos em igrejas, conventos e capelas no âmbito do projeto “Valorizar o Património”.
Assim, a visita começou pelo Convento de S. Domingos, na cidade, cuja história remonta ao século XVI, com a sua construção por volta de 1560, com a construção do convento, e mais tarde, a edificação de outro monumento quinhentista, a igreja de São Domingos construída entre 1566 e 1576, sob risco de Frei Julião Romero, o mesmo que já traçara a igreja de São Gonçalo de Amarante.
Já o Mosteiro de Santa Maria de Carvoeiro, também referido como Mosteiro Beneditino no Carvoeiro e Mosteiro de Santa Maria, consta na lista de Mosteiros Beneditinos que foram fundados antes de 1567, e na Benedictina Lusitana faz referência a que lá já existia um zimbório da era de 923, que era o ano de Cristo 805. O lema dos Beneditinos era “Ora e Labora”, sendo que os mesmos também se destacaram a nível cultural.
Em S. Romão de Neiva, o mosteiro é um monumento de grande relevância histórica e cultural. Fundado no âmbito da expansão da Ordem de São Bento na Península Ibérica, o mosteiro está intimamente ligado à disseminação do cristianismo na região durante o período medieval e à rota de peregrinação para Santiago de Compostela.
Recorde-se que no início de outubro deste ano, a autarquia aprovou mais 125 mil euros para valorizar o património. De acordo com a proposta aprovada pelo executivo municipal, “o Município tem como objetivos previstos no Plano de Atividades e Orçamento para 2024, em especial nas Grandes Opções do Plano, a Valorização do Património Cultural, a promoção de atividades e projetos culturais, a afirmação da identidade cultural do concelho, reforçar e alargar o trabalho dos museus municipais, centros interpretativos e núcleos museológicos”.
É ainda indicado que “o Município identificou como objetivos a concretizar no corrente ano a promoção da identidade cultural, a conservação do património material e imaterial e a valorização cultural e turística de Viana do Castelo”.
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