O Presidente da CCDR-NORTE, António Cunha, revela que 2021 foi o melhor ano de execução “de sempre” devido a uma injeção superior a 630 milhões de Euros na economia regional.
A execução de fundos estruturais no Norte, em 2021, foi “uma vitamina inequívoca” na liquidez financeira não apenas dos investidores mas, também, da “extensa cadeia de executores e fornecedores”, contribuindo supletivamente para a manutenção e a criação de empregos. Quem o diz é António Cunha, Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-NORTE). O também Gestor do NORTE 2020 espera alcançar, até ao final de 2021, a meta de 61% da execução do orçamento do NORTE 2020 (que se encontra nos 60%), uma diferença de quase vinte pontos percentuais no final do ano passado (42%).
A reprogramação do NORTE 2020 permitiu contribuir para mitigar os efeitos da crise no curto prazo e promover a transformação estrutural da economia, do território e da qualidade de vida, com efeitos no médio-longo prazo, através da adoção de medidas extraordinárias de aceleração da execução, com um reforço nos setores da Saúde, da Educação, da Ciência e da Cultura, assim como, no apoio à salvaguarda e criação de emprego, no apoio às empresas e na promoção da liquidez financeira dos investidores.
Segundo António Cunha, “mais do que nunca” é necessário que “a máquina regional dos fundos comunitários” funcione como um “relógio suíço”, o que, segundo o Presidente da CCDR-NORTE, permitirá “suportar a nossa reivindicação de maior autonomia”.
Relativamente aos dados do Boletim Norte Estrutura dedicado aos dados sobre o impacto da pandemia de COVID-19, divulgados no dia 20 de dezembro, uma das conclusões do estudo apresentadas por António Cunha é de que a economia do Norte, tal como a de Portugal, terá observado “a maior recessão económica do período democrático”. Contudo, segundo o próprio, a resiliência da “nossa base económica”, a par das respostas das políticas públicas, permitiram ao Norte uma “recuperação promissora” durante 2021.
A população empregada no 3.º trimestre de 2021 é superior ao observado no período anterior à crise sanitária, em quase 70 mil pessoas, isto é, mais 4,2%. Este crescimento do emprego durante 2021 provocou, ao mesmo tempo, a queda da taxa de desemprego do Norte para 6,1% no 3.º trimestre deste ano, um valor inferior ao do período anterior à crise.
Os dados foram divulgados ontem, pela CCDR-NORTE, no evento anual do programa NORTE 2020 com a temática "O impacto da COVID-19 na economia do Norte - Que efeitos, respostas e transformações".
A sessão, em formato de web conference, decorreu no Museu da Farmácia, no Porto, e contou com a participação de Ana Teresa Lehmann, Professora da Universidade do Porto, e Luís Aguiar-Conraria, Professor da Universidade do Minho.
Os dados do Boletim Norte Estrutura encontram-se ainda disponíveis no endereço: https://www.ccdr-n.pt/pagina/regiao-norte/norte-estrutura
Poderá rever a sessão aqui:
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