O Município de Caminha e a Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESE-IPVC) estão a elaborar um “Diagnóstico de Proximidade no domínio da Demência”. O estudo acontece no âmbito do projeto “Alto Minho + Inclusivo - No Caminho da Inclusão”, cofinanciado pelo Norte2020 – Programa Operacional Regional do Norte, através de uma candidatura apresentada pela Comunidade Intermunicipal do Alto Minho.
Para a Vereadora da Saúde do Município de Caminha, Sandra Fernandes, citada na nota de imprensa, “ciente dos desafios sociais e de saúde que a demência coloca, nomeadamente para as redes de suporte familiar e formal, o Município de Caminha pretende apoiar e dinamizar projetos neste âmbito de intervenção”, refere.
Assim, os objetivos deste estudo são "avaliar a prevalência da demência na população maior de 65 anos e residente no concelho de Caminha, bem como o perfil sociodemográfico dos casos identificados". Pretende também "mapear as respostas e recursos existentes no território, bem como as ameaças e dificuldades sentidas", pode ler-se no comunicado.
A equipa de investigadores da ESE-IPVC é coordenada pela Professora Doutora Carla Faria e contará com a participação dos técnicos do Município.
Este mês, a 21 assinalou-se o Dia Mundial da Doença de Alzheimer. O Município de Caminha associa-se a esta causa e presta homenagem a todos os doentes, familiares, profissionais de saúde e cuidadores (formais e informais) que lidam diariamente com esta doença.
A Doença de Alzheimer é o tipo mais comum de demência, que é responsável por 50% a 70% de todos os casos de demência. Apesar de fazer parte do quotidiano de muitas famílias portuguesas, é ainda uma doença pouco conhecida e compreendida pela maior parte das pessoas. De facto, 2 em cada 3 pessoas em todo o mundo referem conhecer pouco ou mesmo nada acerca da demência.
A OMS estima que em todo o mundo haja cerca de 35 a 55 milhões de pessoas com Doença de Alzheimer e os estudos epidemiológicos em Portugal apontam para cerca de 150 mil portugueses com Doença de Alzheimer. A tendência é que continue a haver um aumento exponencial dos casos diagnosticados, prevendo a OMS que em 2050 exista mais de 139 milhões de casos em todo o mundo e mais de 350 mil em Portugal.
A Doença de Alzheimer atinge maioritariamente pessoas com idade superior a 65 anos e provoca uma deterioração progressiva do funcionamento cognitivo, nomeadamente nas funções relacionadas com a memória, a linguagem, o humor, os comportamentos e a realização das atividades básicas de vida.
De recordar que não só o doente sofre com o Alzheimer. Também os familiares mais próximos e os cuidadores têm que lidar com as consequências da doença, que tem graves repercussões nas suas vidas, seja a nível emocional, financeiro, relacional e profissional.
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