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Foto do escritorFernanda Pinto Fernandes

MIRRI da Universidade do Minho recebe estatuto de consórcio atribuído pela Comissão Europeia


A Infraestrutura de Investigação em Recursos Microbianos (MIRRI), sediada na Universidade do Minho, recebeu o estatuto de European Research Infrastructure Consortium (ERIC) da Comissão Europeia. Esta é a primeira rede coordenada por Portugal com aquele estatuto internacional.



De acordo com a Universidade do Minho, "esta infraestrutura liderada por Portugal (Braga) e Espanha (Valência) tem como cofundadores a Bélgica, França e Letónia, como candidatos a Grécia, Itália, Países Baixos e Polónia e como observadora a Roménia, havendo outros países interessados. O projeto preserva, investiga, fornece e valoriza um portefólio de meio milhão de microrganismos, tendo ainda serviços de formação, educativos e altamente especializados."

A MIRRI passa, assim, a ter uma estrutura legal estável, com vantagens administrativas usufruídas por organizações internacionais, contribuindo para uma maior consolidação e sustentabilidade a longo prazo. O estatuto ERIC é atribuído às principais infraestruturas de investigação europeias em vários domínios. É agora atribuído pela 24ª vez desde 2011, sendo a primeira vez com coordenação portuguesa. A decisão acaba de ser publicada no Jornal Oficial da UE, assinada pela comissária europeia para a Inovação e Investigação, Mariya Gabriel, e confirma os elogios feitos à MIRRI em 2021, no relatório do Fórum Estratégico Europeu sobre Infraestruturas de Investigação.

O diretor executivo da MIRRI, Luís Soares, também ligado ao Centro de Engenharia Biológica da UMinho refere que “A MIRRI-ERIC pode agora tornar-se o ponto de encontro da biodiversidade microbiana com a biotecnologia e a bioeconomia”. A decisão da Comissão agrada também ao professor Nelson Lima, cofundador da iniciativa e diretor da Micoteca da UMinho: “Esta infraestrutura está mais fortalecida e vai certamente atrair outros países e organizações de alto nível da Europa e além”.


A presidente da assembleia do MIRRI, Marleen Bosschaerts, também se mostra “muito satisfeita” com a nova fase, pois recompensa o trabalho de todos os parceiros ao longo de vários anos. Já a presidente do Fórum Interino de Coordenadores Nacionais do MIRRI, Rosa Aznar, congratula-se por “mais um passo para o MIRRI ser um ator de referência no Espaço Europeu de Investigação”.



Sobre a MIRRI

Agregando mais de 50 centros, institutos e coleções de culturas, serve as comunidades da biociência e da bioindústria, facilitando o acesso à mais ampla gama de microrganismos de alta qualidade e seus derivados, além de dados e serviços associados, com foco especial nas áreas de saúde, alimentação, agroalimentar, meio ambiente e energia. Ao servir os utilizadores, colaborando com outras infraestruturas científicas, autoridades públicas e decisores políticos, a MIRRI contribui para o avanço da investigação e inovação nas ciências da vida e biotecnologia, bem como para uma bioeconomia sustentável, competitiva e resiliente. Tem o site www.mirri.org.





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