18 de Julho, 2024
Foi ontem apresentado pelo Politécnico de Viana do Castelo o projeto "IPVC OCEAN", programa financiado no âmbito do PPR que vai preparar diversas gerações e o mercado de trabalho para o futuro da energias oceânicas.
A transição energética é “um caminho imparável”. Quem o diz é Álvaro Sardinha, consultor e formador especializado em economia azul, que deu apoio ao Politécnico de Viana do Castelo na elaboração do programa “IPVC OCEAN – Estratégias de Formação em Energias e Tecnologias Oceânicas”, apresentado pelo IPVC, num encontro de trabalho, que reuniu diversos empresários e especialistas.
“Este é o momento para agir. É um caminho irreversível e o Politécnico de Viana do Castelo assume a responsabilidade de preparar e capacitar os recursos humanos necessários para desenvolver o setor das energias renováveis oceânicas”, assegurou o Presidente do Politécnico de Viana do Castelo, Carlos Rodrigues, esta quarta-feira na apresentação do IPVC OCEAN. "Trata-se de um programa que tem como objetivo trabalhar em três áreas fundamentais: Formação, Investigação Aplicada e Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico das empresas", indica nota do Politécnico.
Depois de uma primeira fase de diagnóstico e de análise do mercado, das oportunidades e dos desafios, é propósito do Politécnico de Viana do Castelo colocar no terreno, já este ano, um conjunto de formações inovadoras, de curta e média duração, orientadas para as necessidades atuais e futuras do mercado de trabalho, atuando, principalmente, junto de dois públicos: jovens que se preparam para entrar no mercado de trabalho e trabalhadores e/ou empresários a quem é necessária reconversão de competências (upskiling e reskiling).
Dentro das Ações de Curta Duração e dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP), tem pensadas as seguintes formações. Centradas nas áreas da sustentabilidade, smart cities e análise de dados:
Introdução à segurança para projetos eólicos oceânicos;
Operadores de Pórticos, Gruas e Máquinas de Movimentação Horizontal;
Manutenção Corretiva de Turbinas Eólicas;
Manutenção Preventiva de Turbinas Eólicas e
Piloto de Drone.
O modelo de formação inovador do IPVC contempla ações microcredenciadas de diversos níveis (inicial, intermédio e avançado), a funcionar maioritariamente online. A cada nível corresponderá um número específico de créditos, que poderão, na sua soma, ser utilizados numa das seguintes pós-graduações:
Tecnologia de Energias Oceânicas e
Liderança em Economia Azul Sustentável.
Na prática, cada pós-graduado poderá apresentar no final um currículo diferente e personalizado de acordo com as suas necessidades de formação.
Traçado o cenário, o Politécnico de Viana do Castelo reuniu ontem no edifício dos Serviços Centrais do IPVC, especialistas e empresários para, lado a lado, refletir sobre o próximo passo a dar quando o tema são energias e tecnologias oceânicas.
"É objetivo do IPVC trabalhar com as empresas que pretendam fazer parte da cadeia de fornecimento do setor das energias e tecnologias oceânicas, por forma a estarem preparadas para responder às oportunidades que poderão surgir nacional e internacionalmente como resultado do lançamento de leilões para a instalação de parques eólicos Offshore flutuantes. Por isso, é crucial a formação de mão de obra qualificada no setor", sublinha.
A presidir à reunião, o Presidente do Politécnico de Viana do Castelo, Carlos Rodrigues, afirmou que é missão do IPVC “trabalhar alinhado com aqueles que são os atores do setor e os atores do território. Temos a responsabilidade de ser proativos e de preparar os futuros trabalhadores, mas também aqueles que já estão no mercado.”
Aproveitando a presença de várias entidades e empresas da região, Carlos Rodrigues explicou que a “rede de parceiros terá um papel fundamental para a criação de formação ajustada e orientada para criar ativos mais competentes e mais bem preparados para um futuro que é cada vez mais um presente.”
A par do IPVC OCEAN, o Politécnico de Viana do Castelo, juntamente com a Câmara Municipal de Viana do Castelo e o INESC, está ainda a trabalhar na criação do Centro de Inovação em Energias e Tecnologias Oceânicas em Viana do Castelo, uma unidade estratégica de inteligência azul, com ambições internacionais, que tem como objetivo trabalhar com o setor empresarial e projetar Viana do Castelo como uma região líder na economia azul sustentável, potenciando o investimento local, a criação de emprego e a exportação de serviços de conhecimento.
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