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Foto do escritorFernanda Pinto Fernandes

IPVC integra projeto que está a criar software para prevenir surtos de mosquitos



Investigadora Sofia Rodrigues, da Escola Superior de Ciências Empresariais do Politécnico de Viana do Castelo, faz parte da equipa da rede CostActions, que está também a criar têxteis com repelentes.


Novos têxteis com repelentes e um software para prevenir e combater doenças provocadas por mosquitos estão a ser criados no âmbito da rede CostActions - Investigation and Mathematical Analysis of Avant-garde Disease Control via Mosquito Nano-Tech-Repellents. Sofia Rodrigues, docente e investigadora da Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE) do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), tem em mãos a criação de novos modelos matemáticos para prever e combater surtos de mosquitos.

Sofia Rodrigues - Docente e Investigadora IPVC

Este projeto, financiado pela União Europeia, reúne especialistas em epidemiologia, bioestatística, matemática, biologia, nanotecnologia, engenharia química e têxtil para implementar novas técnicas de combate às doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, Zika, chikungunya e febre-amarela. “Pretende-se estudar o efeito de medidas de controlo de vanguarda, nomeadamente as que envolvem novas tecnologias em produtos têxteis e tintas à base de nanopartículas e micropartículas que liberam repelentes ou pesticidas”, explica Sofia Rodrigues.

Equipa de investigadores

O projeto, que termina em março de 2022, envolve investigadores de vários países, que partilham ideias e trabalho desde 2017. “Nós, matemáticos, estamos a trabalhar a parte da epidemiologia para perceber quando chegam os surtos. Já a parte dos têxteis, por exemplo, está a trabalhar na criação de têxteis com repelentes”, refere a investigadora.


Os novos produtos já estão a ser testados na Itália e na Croácia. “Para testar se os tecidos são bons ou não, os investigadores colocam-se numa zona com mosquitos durante um determinado período de tempo. Uns vestem roupas sem repelentes e outros investigadores vestem roupas com repelentes e, no final, contam quantas picadas têm cada um”, conta a investigadora da ESCE-IPVC.



O passo seguinte, depois de o projeto terminar, é a produção de têxteis com repelentes. “Os produtos têxteis podem ser, por exemplo, t-shirts para o cidadão comum utilizar”, esclarece Sofia Rodrigues, recordando que, a nível militar, as tropas norte-americanas e europeias já usam camuflados impregnados com repelentes quando vão para países mais tropicais.





Cost financia atividades de colaboração transnacional

Desde 1971 que a Cost financia atividades de colaboração transnacional num sistema de redes de investigadores com livre acesso e bottom-up, em todos os domínios científicos e tecnológicos. Estas redes, denominadas Cost Actions, possibilitam avanços no desenvolvimento do conhecimento científico, contribuindo para o fortalecimento da Europa como líder em I&DT.

Através da sua política inclusiva e dando especial relevância aos jovens investigadores, a Cost constitui um meio único para que os investigadores, de uma forma livre, aberta e em conjunto, desenvolvam as suas ideias e iniciativas.

A Cost promove a integração e enriquecimento das diversas comunidades científicas, proporciona a maximização do investimento nacional em I&DT e contribui decisivamente para a desfragmentação de conhecimento na Europa.





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