No âmbito da Festa de São Bartolomeu dos Mártires, o Presidente da Câmara, Luís Nobre, e o Vice-Presidente, Manuel Vitorino, marcaram presença, esta terça-feira, na abertura da exposição patente nos Claustros do Convento de São Domingos, que ficará exposta até à Romaria d’Agonia.
Esta Animação dos Claustros integra um pequeno tapete de sal, mostra parcial de autores de Viana ou ligados a Viana, exposição de pintura de Zaneta Jasaityté (Lituânia) e Paulo Moreira (Porto), bem como a exposição de fotografia “Um tempo, Um Espaço e Um Olhar”, de José Pastor. Contou ainda com a violinista Laura Lourenço na abertura da mostra.
Vasco Gonçalves, pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Monserrate, destacou o “diálogo entre a fé e a cultura, a fé e a arte” que regressa após um interregno forçado pela pandemia. Realçou a exposição que reúne “pintura, fotografia e arte da escrita” que pretende que “escritores de Viana e ligados a Viana não fiquem no esquecimento”. “Os Claustros ficam abertos para que muitos possam ver, visitar e apreciar esta beleza”, considerou.
Também José Pastor, da organização desta exposição, realçou o facto de a música, a pintura e a literatura que integra a Animação dos Claustros contar com o talento de “valores” de Viana do Castelo ou ligados à Princesa do Lima.
A Festa de São Bartolomeu dos Mártires é uma iniciativa da Paróquia de Nossa Senhora de Monserrate e acontece inserida no 2.º Encontro da Editora Oficina das Edições / Animação dos Claustros / Paróquia de Monserrate.
O Papa Francisco canonizou Bartolomeu dos Mártires em 2019 através de um Decreto, proclamado solenemente em 10 de novembro. Desde então, a 18 de julho S. Bartolomeu dos Mártires é celebrado e evocado como santo, colocado diante da Igreja universal como exemplo de vida cristã e de pastor.
Frei Bartolomeu dos Mártires nasceu em Lisboa a 3 de maio de 1514 e é recordado como um modelo de dedicação à Igreja Católica e aos mais carenciados. A nível internacional, afirmou-se como uma das vozes de referência no Concílio de Trento, num momento em que a Igreja Católica estava confrontada com a Reforma Protestante.
A 23 de fevereiro de 1582 renunciou ao arcebispado e recolheu-se ao convento dominicano da Santa Cruz, também conhecido por Igreja de São Domingos, em Viana do Castelo, nascido por seu empenho em 1561 para favorecer os estudos eclesiásticos e a pregação.
A 16 de julho de 1590 morreu no convento que ajudara a fundar. O seu túmulo situado no altar da Igreja de S. Domingos é, ainda hoje, venerado e respeitado por uma população que não esquece o homem que foi um pregador, teólogo e pastor exemplar, passando uma grande parte da sua vida em visitas pastorais, sem esquecer os mais desfavorecidos.
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