Carlos Mello, ex-aluno do curso de Design de Produto do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), juntou-se ao amigo Luís Leão para criar a marca MainGUILTY.
A MainGUILTY surgiu em plena pandemia, quando Carlos Mello, ex-aluno do curso de Design de Produto da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), se juntou ao amigo Luís Leão. Depois da apresentação da marca de design de mobiliário na EXPOCoruña, Carlos Mello e Luís Leão querem apostar na internacionalização, começando a contactar arquitetos e designers de interior.
Com uma “ligação muito forte” ao Politécnico de Viana do Castelo, Carlos Mello foi vice-presidente da associação de estudantes da ESTG-IPVC, presidente da assembleia da Federação Académica do IPVC e fundador e presidente do Núcleo de Design. “Toda esta experiência deu-me as bases para neste momento sentir-me mais à vontade para avançar com este projeto”, assumiu.
Carlos Mello e Luís Leão conheceram-se em 2012 e a pandemia acabou por reaproximar os dois amigos. Carlos tirou a licenciatura em Design de Produto na ESTG-IPVC e Luís é da área do Marketing, tendo estado ligado à parte comercial a nível internacional. Com mais disponibilidade, os dois empreendedores acabaram por avançar com o projeto conjunto.
“Fizemos uma pesquisa de mercado e percebemos que não havia resposta para o nicho de peças exclusivas fora do registo habitual. Percebemos que existia uma oportunidade de entrar neste mercado e aproveitamos a pandemia para dar os primeiros passos”, sublinhou Carlos Mello, adiantando que estão, desde o início do ano passado, incubados na Moveltex, em Paços de Ferreira, ao abrigo do programa de fomento empresarial “StartUP Voucher”.
Sobre a MainGUILTY
Com uma “identidade forte e exclusiva”, a MainGUILTY é uma marca de design de mobiliário e decoração de interiores que “combina qualidade, excentricidade e sensualidade em cada peça, proporcionando uma identidade única a qualquer ambiente”, referiu o fundador e diretor criativo da marca. “O processo de criação da marca e o design tiveram como inspiração pequenos objetos, pequenas experiências, vivências no estrangeiro, contacto com novas culturas e história mundial. Um conceito que gostamos muito é o Ready Made, que descontextualiza um objeto banal e um elemento simples, maximizando com material nobre para enaltecer as peças”, justificou Carlos Mello.
No último ano, a MainGUILTY já desenvolveu quatro coleções e tem 110 peças criadas, cada uma delas com a sua própria história. “A ‘Nº1 Collection’ é a principal, é icónica, inesquecível e marcante. Tal como um livro, foi criada para ser transmitida de geração em geração, como um legado. A ‘Spectrum Collection’ que leva as cores ao limite, trazendo tons camaleónicos para o mundo da decoração. A ‘Champanhe Collection’ que tem uma capacidade notável de se enquadrar em qualquer estilo de interior, pelas suas cores claras capazes de transmitir tranquilidade e harmonia. E por fim ‘The Legends’, uma coleção limitada que visa homenagear artistas que inspiraram gerações”, descreveu o jovem empreendedor, revelando que “todas as peças são acompanhadas de um storytelling que conta a sua inspiração”.
Questionado sobre o nome da marca, Carlos Mello foi categórico: “assumimo-nos como principais culpados no mercado por romper e criar algo diferente e mais irreverente. Queremos ser os principais culpados por criar um ambiente diferente seja na entrada de um hotel ou na sala de uma casa”. O fundador e diretor criativo da MainGUILTY destacou ainda o facto de o colibri com malagueta ser a imagem da marca, representando aqui “a liberdade e o provocante”.
Internacionalização vai permitir reforçar a equipa
Depois da participação na EXPOCoruña, Carlos Mello e Luís Leão querem avançar para a internacionalização, posicionando-se nas grandes cidades europeias, bem como nos EUA e no Médio Oriente.
“Apesar da zona da Galiza não ser de todo o nosso mercado, esta primeira aproximação ao mercado teve um impacto bastante significativo. Toda a gente fazia questão de ir ao nosso stand ver as peças, porque se tratam de peças que têm um destaque muito grande em qualquer ambiente”, admitiu.
Agora é hora de contactar arquitetos e designers de interior. “Muito dificilmente trabalharemos com o cliente final, o nosso target será sempre o arquiteto e designer interior para que no momento que tenham de escolher elementos para decorar as casas dos seus clientes possam incluir as nossas peças”, justificou.
Daqui a seis meses, os empreendedores tencionam recrutar para aumentar a equipa e aqui o Politécnico de Viana do Castelo terá “um papel fundamental”. “Queremos a aproximação a jovens criativos e designers para complementar o nosso projeto. Esperamos manter a boa relação com o IPVC. Queremos manter esta aproximação aos jovens criativos e jovens designers dos cursos de Design de Produto e de Design de Ambiente. O objetivo é recrutar e dar oportunidades de primeiro emprego”, apelou.
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