Instam Junta de Galiza e Governo de Espanha a exigir informações sobre a exploração que pode afetar o Rio Minho e outras áreas transfronteiriças.
Em reunião celebrada ontem, o concelho de Tomiño manifestou o seu apoio aos municípios portugueses do Alto Minho, na rejeição quanto à possível mina de lítio a ser explorada na Serra d'Arga, que o Governo da República Portuguesa submeteu a consulta pública em setembro passado. A alcaldesa Sandra Gonzaléz destacou “a ampla oposição que existe a ambas as beiras do Minho a qualquer tipo de exploração na Serra de Arga que comprometa a sua conservação”, e afirmou que “Tomiño estará sempre do seu lado para conservar o meio natural da zona transfronteiriça”.
As áreas que estão previstas para prospeção e investigação da mina de lítio, abrangem, entre outras, territórios dos concelhos de Viana do Castelo, Ponte de Lima, Paredes de Coura, Caminha e Vila Nova de Cerveira, sendo que esta última inclui áreas que confrontam com o Rio Minho e Rio Coura, principal afluente do Minho nessa margem. A equipa de Avaliação Ambiental afirma que não extrairão mais de 100 toneladas, mas não está claro de onde retirarão. A Conselheira para o Meio Ambiente, Ana Belén Casaleiro, afirma que se houvesse duas margens do rio Minho “isso poderia afetar significativamente a zona internacional do rio”.
Por tudo isto o Concelho de Tomiño pede à Junta de Galiza e ao Governador de Espanha que estudem possíveis efeitos nas populações transfronteiriças. “Solicitamos que exijam ser notificados pelas autoridades portuguesas para que tenham oportunidade de se manifestar em voz alta sobre estas atividades junto às zonas transfronteiriças”, concluem.
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