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Foto do escritorFernanda Pinto Fernandes

CIM Alto Minho associa-se à campanha "Vamos fechar a torneira à seca" e deixa conselhos


Objetivo é reforçar o alerta para a urgência da redução de consumos de água junto das populações e dos setores produtivos.

Numa ação concertada com os municípios do Alto Minho, a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) decidiu associar-se à campanha “Vamos fechar a torneira à seca”, promovida pelo Grupo Águas de Portugal e pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), no sentido de "reforçar o alerta para a urgência da redução de consumos de água junto das populações e dos setores produtivos", informam em comunicado.

Lançada em parceria com o Ministério do Ambiente e da Ação Climática e a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), "esta campanha de sensibilização visa divulgar comportamentos para um uso mais eficiente da água face à situação de seca extrema que o país atravessa", reforçam.


De notar que todas as bacias hidrográficas monitorizadas em Portugal registaram uma descida dos níveis de água armazenada em julho, segundo o mais recente relatório do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH). "As vagas de calor durante o mês de julho, aliadas à falta de chuva, contribuíram para o decréscimo dos níveis de água por todo o território nacional. No caso do Alto Minho, a situação de disponibilidade de água é particularmente crítica, com a bacia hidrográfica do Lima a dispor de apenas 17,8% do seu volume total", alertam.


Assim, se, por um lado, o atual contexto de seca extrema tem efeitos perversos na quantidade e qualidade das massas de água (superficiais e subterrâneas), por outro, a prazo, "num contexto de mudança climática, não se adivinha o aliviar dos desafios colocados às entidades gestoras em matéria de gestão dos recursos hídricos". A CIM Alto Minho refere que "Efetivamente, no território do Alto Minho, o Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas do Alto Minho aponta para um aumento dos eventos extremos, quer ao nível da temperatura, quer da precipitação." Pelo que num contexto de seca, importa adotar medidas preventivas para que esteja garantida a disponibilidade e a qualidade das massas de água.


Conclui-se, então, que o aumento da resiliência dos territórios passa por um pacto territorial alargado para adaptação e mitigação das alterações climáticas, também no setor da água; pela implementação de medidas que promovam o uso racional e eficiente e a proteção generalizada dos recursos, inclusivamente dos recursos hídricos; pelo reforço da partilha de informação útil, atempada e acessível; e pela dinamização de ações/ iniciativas de sensibilização sobre as alterações climáticas e suas consequências, dirigidas aos diversos atores territoriais (cidadãos inclusive), incentivando a respetiva mobilização e participação neste processo de mitigação e de adaptação.

É neste contexto que a CIM Alto Minho, a APA e a Águas de Portugal apelam a que “feche a torneira um minuto por dia” e que "adote comportamentos diários que promovam a redução de consumos".


Uma torneira aberta durante um minuto pode gastar até 12 litros de água, o tempo suficiente para garantir as necessidades básicas diárias de 1 milhão de portugueses.


As entidades deixam alguns conselhos úteis que podem fazer a diferença:

  • Fechar a torneira durante a lavagem dos dentes ou durante o barbear. Desta forma, poderá reduzir entre 10 a 30 litros de água por dia.

  • Fechar a torneira do duche durante o ensaboamento. Por cada 2 minutos no banho com a torneira aberta são gastos cerca de 24 litros de água.

  • Não deitar na sanita resíduos que devem ir para o lixo. Além de entupir os esgotos, cada descarga do autoclismo representa entre 10 a 15 litros de água. Fazer descargas de autoclismo apenas quando necessário.

  • Aproveitar a água do duche, enquanto está a aquecer, para outros usos, como descargas na sanita, lavagem de chão, rega de plantas, etc.

  • Confirmar que deixa as torneiras bem fechadas. Uma simples torneira a pingar pode significar um desperdício de 30 litros de água por dia.

  • Ao substituir as máquinas de lavar, optar por eletrodomésticos que consomem menos água. Na utilização, use os programas eco e as máquinas sempre com a carga máxima.

  • Não lavar a louça ou roupa à mão com água corrente, utilizando para tal o lavatório tapado ou um alguidar ou bacia.

  • Aproveitar a água da lavagem de frutas e legumes para regar as plantas. Regar as plantas nas horas de menos calor devido à evaporação. Não regar em excesso e escolher espécies com menor necessidade de água ajuda a reduzir o consumo.

  • Em situação de seca, evitar lavar o carro. Se tiver mesmo que o fazer, não usar mangueira, que pode consumir até 400 litros de água.

  • Controlar os gastos de água através da leitura mensal do contador ou da fatura da água. Desta forma também poderá identificar consumos anormais que podem ter origem em fugas de água.

É urgente usar a água de forma consciente, moderada e responsável. Não desperdice! Associe-se e divulgue esta campanha!



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