O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, participou ontem num webinar promovido pela Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), em parceria com a Agência para a Energia – ADENE, que teve como objetivo sensibilizar e esclarecer os municípios e as entidades intermunicipais relativamente às questões que decorrem do Plano de Poupança de Energia (PPE) 2022.
No painel de Partilha de Boas Práticas e Experiências, o autarca apresentou os Planos Municipais de Eficiência Energética e de Poupança de Água que vão permitir ao município de Viana do Castelo poupar 1 milhão de euros no período de um ano.
Os dois planos, lançados oficialmente a 1 de outubro, assumem-se como "instrumentos de ação e de trabalho que visam dar resposta a dois dos maiores desafios da atualidade e incluem 23 medidas."
No âmbito dos dois planos, "destaque para a campanha “Poupar hoje para garantir o amanhã”, que está a decorrer e visa sensibilizar para a poupança energética e para a poupança de água, envolvendo meios de comunicação social locais, juntas de freguesia e acompanhado de uma campanha de comunicação adaptada."
A autarquia vai implementar um Manual de Boas Práticas para a Poupança de Energia e outro Manual para a Poupança de Água, para utilizadores de edifícios e espaços municipais (escolas, serviços, etc.), assim como para os funcionários municipais para adaptação aos locais de trabalho de um plano interno de poupança energética e de poupança de água.
No que toca ao Plano Municipal de Eficiência Energética, serão promovidas ações de proximidade e sensibilização junto dos agentes económicos, apelando à poupança energética, em colaboração direta com a Associação Empresarial de Viana do Castelo. A autarquia irá proceder à Certificação Energética dos edifícios e implementação de um sistema de gestão central para aquecimento de espaços públicos, assim como de coletores solares onde é necessária água quente sanitária.
Outras das medidas passa por desligar a luz ornamental em todos os espaços públicos a partir das 01 horas e por desligar fontes públicas que recorram a energia elétrica. O município está a manter e diminuir nalguns espaços a iluminação pública em zonas urbanas durante a noite, desde que se mantenha a segurança.
A autarquia tem já diversas medidas implementadas com vista à eficiência energética, mas irá reforçar as mesmas. Recorde-se que, na iluminação pública, desde 2017 foram instalados reguladores de fluxo e lâmpadas led, permitindo substituir 17 mil dos 37 mil pontos de luz com programação, correspondendo a uma redução de consumo de 70 por cento. Foram também colocados nos espaços municipais coletores solares em piscinas, representando uma poupança de 60% com custos no aquecimento de água), águas residuais e painéis fotovoltaicos (piscinas, pavilhões e escolas).
Entre as medidas, encontram-se ainda a consolidação e ampliação da substituição da frota municipal por veículos mais eficientes e instalação de um sistema de gestão de frota com GPS (para permitir poupança de 10%).
Será também promovida a instalação de sistema de sustentabilidade hídrica em 19 edifícios municipais para redução do consumo de energia na água quente utilizada (principalmente chuveiros) e avançar para uma segunda fase nos restantes edifícios municipais.
"Já no Plano Municipal de Poupança de Água, destaque para a promoção de ações de proximidade e sensibilização e informação ambiental dirigidas a diversos públicos e faixas etárias para valorização da água como recurso essencial e sensibilizando para um consumo sustentável."
Outras medidas passam pela monitorização das situações problemáticas, nomeadamente de falta de água em freguesias de montanha; adoção de boas práticas e/ou redução dos consumos de água: garantir regas pontuais apenas em vasos e plantas com água de captação própria, que não da rede pública; instalação de sistemas de rega inteligente e programação para rega noturna: Viana do Castelo utiliza já água não tratada e proveniente de fontes como poços e furos em 90% dos espaços verdes e tem vindo a implementar a plantação de espécies autóctones que não necessitam de rega artificial.
Redução da lavagem de ruas com recurso a água potável e fazê-lo apenas se necessário; utilização de fontes alternativas de água e aproveitamento de furos e poços existentes, bem como águas pluviais para ações de proteção civil; suspensão de 38 contratos/contadores de rega do sistema público numa primeira fase; instalação de sistema de sustentabilidade hídrica em 19 edifícios municipais para redução do consumo de energia na água quente utilizada (principalmente chuveiros) e avançar para uma segunda fase nos restantes edifícios municipais são outras das medidas.
Controlo e deteção, em parceria com a Águas do Alto Minho, de perdas e fugas da rede pública de água; redução em 50% na frequência da lavagem dos veículos do município; revisão/levantamento de todos os sistemas de rega as freguesias do concelho para redução dos tempos de rega e para substituição por captação própria integram igualmente este leque de medidas.
Está também a ser promovida uma redução de 50% de taxas urbanísticas em todas as operações de licenciamento de obras que garantam a construção de reservatórios de águas pluviais.
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