O Centro Ciência Viva dos Arcos-Oficinas de Criatividade Himalaya e o Município de Arcos de Valdevez celebraram o Dia Mundial da Árvore e Dia Internacional das Florestas, hoje, 21 de março, na Praia Fluvial da Valeta, com a iniciativa “Viva o Vez – Uma ação pela Natureza”. Este evento juntou cerca de 400 alunos do Agrupamento de Escolas de Valdevez e 30 ilhas científicas abordando várias temáticas ligadas à Natureza e na natureza, visando promover o conhecimento e a educação ambiental.
Organizado pelo Centro Ciência Viva dos Arcos – Oficinas de Criatividade Himalaya, com apoio do Município, o “Viva o Vez” trouxe uma verdadeira “cheia” de ciência e conhecimento à Praia Fluvial da Valeta, onde os cerca de 400 alunos do Agrupamento de Escolas de Valdevez, EPRALIMA, Santa Casa da Misericórdia (CACI) e IPVC puderam contactar com um conjunto de formadores e investigadores de diferentes universidades, entidades e áreas de saber científico.
“Nós quisemos marcar este dia 21 de março, darmos as boas-vindas à primavera, ao Dia da Árvore, com algo diferenciador; algo que fosse impactante até na vida dos alunos, porque tradicionalmente o que é se faz? Plantam-se árvores. Hoje, do ponto de vista científico, sabemos que muitas dessas árvores não vão sobreviver, e então, em vez de plantarmos árvores, a ideia foi plantarmos vida!”, afirmou José Carlos Fernandes, diretor do Centro Ciência Viva dos Arcos, em conversa com os jornalistas.
O responsável adiantou que quando fosse inaugurado o Ecoparque do Vez [inauguração que estava marcada para o meio-dia], seria oferecido aos alunos um lápis, que no seu final de vida contém sementes de pinheiro. “Fechamos o ciclo e transformamos o lápis em oxigénio, em novos pinheiros e, isto multiplicado por 400 [alunos], é essa a nossa forma de plantar árvores”, frisou.
Nas diferentes ilhas/workshops, os alunos aprenderam a criar comedouros para animais, estudar o mundo invisível que habita o rio Vez, construir abrigos para insetos polinizadores, estudar as aves, os animais, a qualidade da água, o ecossistema ribeirinho, as plantas comestíveis, a importância ecológica das formigas, fotografia da vida selvagem, como fazer tinturaria natural, assim como perceber o potencial científico dos drones, entre outros temas.
Uma das “ilhas” que mais curiosidade despertou foi a do “Mundo Científico”, onde a investigadora Rita Rocha ensinava a fazer “comida do futuro” recorrendo à cozinha molecular, e não só.
Já imaginou comer larvas do milho, farinha de formiga, grilos como snack, ou fazer mousse a partir da aquafaba (a água viscosa na qual foram cozidas sementes de leguminosas, como o grão-de-bico)? Aqui, o objetivo foi quebrar a barreira cultural e experimentar incorporar algumas destas novas soluções na alimentação - e que têm um grande valor proteico - sendo já hábito em alguns países do mundo e evitar, assim, o desperdício alimentar.
A Vereadora da Educação, Emília Cerdeira, explicou que um dos objetivos da iniciativa “Viva o Vez – Uma ação pela Natureza”, era trabalhar o papel das crianças e jovens na sociedade: “Queremos que sejam eles o veículo de comunicação de nós (…) os alunos, quer do Agrupamento de Escolas, quer da EPRALIMA, são o melhor veículo que nós temos para chegar às famílias, aos amigos, a casa, e para que eles transmitam a importância do que é a proteção ao nosso meio ambiente, mas, acima de tudo, o nosso rio Vez”, sublinhou.
“O nosso rio Vez, para além de dar nome à nossa vila e ao nosso concelho, é um dos maiores tesouros que temos e, portanto, claramente tem que ser protegido, tem que ser mantido e tem que ser melhorado; a mensagem que nós queremos é que todos nos ajudem a essa melhoria constante do nosso rio, e que possamos mantê-lo como a joia que é”, defendeu a Vereadora.
Da parte da tarde, os alunos seguiriam para o Centro Ciência Viva dos Arcos - Oficinas de Criatividade Himalaya, onde teriam atividades de team-building, isto é, em equipa, para aprender a melhorar capacidades e fortalecer relações entre si.
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