Bruna Freire, aluna de mestrado em Design Integrado da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), está a criar um Espaço-Abrigo para os sem-abrigo. Grupo de Trabalho de Design da ESTG já reuniu com Município, Associação Empresarial e Gabinete de Atendimento à Família de Viana do Castelo.
A tese de mestrado da aluna da ESTG-IPVC já foi apresentada durante uma reunião conjunta com os possíveis parceiros do projeto Espaço-Abrigo. Esta tese tem a sua origem numa ideia de criar um “espaço digno” para as pessoas sem abrigo da cidade de Viana do Castelo e que foi proposta pelo Grupo de Trabalho em Design, constituído pelos docentes da ESTG-IPVC Liliana Soares, Ermanno Aparo, Jorge Teixeira, Rui Cavaleiro e Manuel Rivas.
A ideia foi apresentada inicialmente de forma individual a várias instituições da cidade e, numa segunda fase, foi realizada uma reunião conjunta onde estiveram presentes a vereadora da Coesão Social, Habitação, Juventude e Serviços Urbanos da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Carlota Borges, o presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo, Manuel Cunha Júnior, e a representante do Gabinete de Atendimento à Família (GAF), Cláudia Marinho. Da ESTG-IPVC, para além dos elementos do Grupo de Trabalho em Design, também participou a Unidade de Gestão de Projetos.
Trata-se de um projeto “muito interessante” e estará concluído até o final do ano, assegura o coordenador do curso em Licenciatura de Design de Ambientes, Manuel Rivas. A “grande diferença” entre os espaços já existentes e este projeto-piloto é que “não se pretende fidelizar as pessoas, muito menos ter regras e horários de entrada”, argumenta ainda o docente, referindo que a ideia “é dignificar a vida dos sem-abrigo, dando-lhes uma espaço para dormir e tomar um banho”.
Outra das vantagens deste espaço passará por ser autossustentável em termos ambientais.
Bruna Freire está “entusiasmada” com o projeto, estando “numa fase de modelação, criação de protótipos e escolha de materiais”, adianta. A aluna de mestrado espera que o projeto-piloto “passe o período de testes para se perceber se é viável e se o público-alvo o aprova”, sublinha a aluna, revelando que será um dormitório com espaços individuais com quarto e casa de banho. A aluna diz que gostava de ver o projeto implementado numa primeira fase em Viana do Castelo. “Queremos chegar a todos os sem abrigo”, justifica Bruna Freire, que espera agora por financiamento. “Acompanhei a visita de trabalho do GAF e falei com os sem-abrigo para perceber as dificuldades que tinham”, conta Bruna Freire, que considera a informação recolhida “fundamental” para o trabalho que vai desenvolver.
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