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Foto do escritorFernanda Pinto Fernandes

49º Aniversário da "Revolução dos Cravos" assinalado em vários municípios

Foram várias as iniciativas levadas a cabo por diversos municípios por todo o país para assinalar os 49 anos de instauração da Democracia em Portugal, no dia 25 de abril. Cerimónias solenes, concertos, apresentação de livros e intervenções políticas lembraram a importância de lutar diariamente pela Liberdade.




mão segurando um molho de cravos vermelhos

No Município de Terras de Bouro, o hastear das bandeiras nos Paços do Concelho marcou o início das comemorações do 25 de abril, seguido das intervenções políticas do Presidente da Câmara Municipal, Manuel Tibo e dos representantes dos grupos da Assembleia Municipal presentes na cerimónia.

bandeira da UE, de Portugal e do Município de Terras de Bouro hasteadas

O Presidente da Câmara Municipal, Manuel Tibo, destacou a Revolução dos Cravos como um “acontecimento marcante”, pois a Ditadura representou algo que não deverá ser vivido nem incentivado pela sociedade atual. De igual modo, frisou que “é fundamental caminharmos para a igualdade de direitos, para um estado social mais justo, coeso, solidário e democrático.” Terminou, afirmando que “os valores de Abril deverão traduzir-se num mundo livre, respeitadores dos direitos do Homem, sendo o principal caminho para a Paz.” As cerimónias comemorativas do 49.º Aniversário do 25 de Abril finalizaram com um momento musical a cargo da Escola de Música de Terras de Bouro que este ano celebra o seu 10.º aniversário.

homem de fato discursando num palanque
Manuel Tibo - Presidente CM Terras de Bouro

Monção também “cumpriu abril”, com um programa focado no fortalecimento da democracia e tolerância, no reforço da oferta cultural local e na transmissão do significado desta data às gerações atuais e futuras. O Cine Teatro João Verde foi palco do espetáculo musical “De não saber o que me espera”.

músicos tocando instrumentos no palco

Os artistas Dario Rocha (guitarra e voz), Marlene Rodrigues (voz), José Paulo Ribeira (Teclados), José Miguel Marques (bateria) e Alexandre Pereira (baixo), subiram ao palco para homenagear Zeca Afonso. “Para defendermos e valorizarmos a importância do 25 de abril de 1974 no 25 de abril de 2023, temos de continuar a ser revolucionários. Temos de olhar para o presente e futuro com esperança, confiança, coragem e ambição. Temos de apresentar ideias, concretizar projetos, enfrentar desafios e partilhar vontades”, frisou o Presidente da Câmara Municipal de Monção, António Barbosa.

homens e mulheres caminhando na praça de Monção

Pelas 15h00, teve lugar a inauguração do mural “Deus o Deu – Deus o Há Dado”, na Rua 5 de Outubro. Da autoria do artista monçanense, Tó Lira, o painel foi executado com recurso à técnica tencandris.

pessoas caminhando, vendo um mural feito com tencandris

Montalegre iniciou as comemorações do 25 de abril, na noite de 24, às 21h30, com um concerto de tributo a Zeca Afonso, “Um Zeca Diferente”. No dia 25 de abril, o programa iniciou pela manhã, com a tradicional alvorada de morteiros às 09h00 e continuou com a guarda de honra pelos Bombeiros de Montalegre e Salto e com o Hino Nacional interpretado pela Banda Musical de Parafita e Mariana Pedreira. Da parte da tarde, houve lugar a Jogos Tradicionais e torneio de chegas de bois de raça Barrosã.

cartaz com ilustração de Zeca Afonso e um cravo vermelho

Em Arcos de Valdevez, o programa de comemoração dos 49 anos da Revolução dos Cravos iniciou no dia 21 de abril, com apresentação do livro “Para a História da Representação Política em Portugal: as primeiras eleições parlamentares | 1822 (Círculo eleitoral de Arcos de Valdevez)”, e a presença dos autores Vital Moreira e José Domingues. No dia 24 de abril, no auditório da Casa das Artes, aconteceu o Concerto de António Chainho, “O Abraço da Guitarra”. No dia 25, foi feita uma homenagem aos Combatentes do Ultramar, na Praceta Combatentes do Ultramar (junto ao Centro Escolar Prof. António Melo Machado), com a deposição de uma coroa de flores, seguida das Cerimónias Oficiais de Comemoração do 25 de Abril com o Hastear das Bandeiras e guarda de honra efetuada pelos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez, pelo Corpo Nacional de Escutas – Agrup.º 214 e pela Banda da Sociedade Musical Arcuense. As comemorações terminaram com um Concerto pela Banda da Sociedade Musical de Arcos de Valdevez.


O Município de Melgaço hasteou a bandeira da Câmara Municipal em forma de homenagem e comemoração do 49.º aniversário da Revolução dos Cravos. Seguiu-se no Salão Nobre, uma sessão solene onde foram homenageados combatentes melgacenses falecidos na Guerra do Ultramar, e Missa Solene na Igreja Matriz. As comemorações terminaram com a inauguração de uma escultura em homenagem aos combatentes, na Alameda Inês Negra.

cartaz de comemoração dos 49 anos do 25 de abril com ilustração de um cravo vermelho

Em Ponte de Lima, a poesia e a música andam de mãos dadas e servem de palco para assinalar esta data fundadora da democracia portuguesa. Em Portugal, o pós-25 de Abril foi prolífero na música de intervenção e saiu com toda a força pela voz de muitos artista e músicos. Por isso, o município, través da ‘Poesia à Sexta’, rubrica de promoção deste género literário, vai realizar na Biblioteca Municipal, no dia 28 de abril, pelas 21h30, uma sessão de poesia cantada e declamada, com a parceria do grupo MusicanTo. "Uma ação abrangente onde a poesia, o canto e a música nos farão reviver as palavras e as melodias mais aplaudidas sobre esta temática, elogiando e homenageando homens e mulheres, músicos, cantores, artistas e escritores de grande talento, prestígio, competência e profissionalismo", destaca o Município de Ponte de Lima.

cartaz do evento com ponte romana em Ponte de Lima

Valença também assinalou o 49.º aniversário da Revolução de Abril, o Dia da Liberdade, com uma sessão solene e o ciclo de concertos “Valença CantAbril”, com XORNAS, no dia 22, e 6tás9 no dia 24. As composições mais emblemáticas da música de intervenção foram revisitadas, ao longo destes dois concertos, no auditório da ESCE - Escola Superior de Ciências Empresariais de Valença. A cerimónia oficial do 25 de Abril, teve início com o hastear das bandeiras, nos Paços do Concelho, ao som do hino nacional e da Grândola Vila Morena. No auditório dos Paços do Concelho seguiu-se sessão solene com intervenções dos presidentes da Câmara e Assembleia Municipal e os representantes de todas as forças políticas com representatividade em Valença. A sessão foi, ainda, enriquecida com a apresentação do livro “A Cidade dos Dias Desacontecidos” do urbanista Pedro Ribeiro da Silva, e no final foram distribuídos cravos.

cartaz da iniciativa com cravos vermelhos e foto dos cantores

Caminha comemorou os 49 anos do 25 de Abril com um concerto que reuniu cantores, músicos e dançarinos da Escolinha de Folclore do Etnográfico de Vila Praia de Âncora. O concerto “Canções de Abril” decorreu no Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora e recordou temas emblemáticos associados à Revolução dos Cravos.


Paredes de Coura assinalou o Mês da Liberdade com encontros com escritores e música, juntando os escritores Lídia Jorge, Manuel Alegre, João Melo, Mário Cláudio e Carlos Vale Ferraz, bem como a música e as canções de António Zambujo e Samuel Úria paras as celebrações do 25 de abril. Inserida no ciclo ‘Memórias da Guerra em África’, promovido pelo Centro Mário Cláudio, a conferência de sábado, 22 de abril, reuniu os escritores Lídia Jorge, Manuel Alegre, João Melo, Mário Cláudio e Carlos Vale Ferraz, que a par de exposições, debates e exibições, tendo por referência os conflitos que se travaram nas três frentes: Guiné, Angola e Moçambique, tem trazido a Paredes de Coura a reflexão e relembrança, e de respeitosa homenagem à memória de quem morreu e sofreu. O cantautor António Zambujo apresentou-se no Centro Cultural com Couravoce, na noite de sábado, 22 de abril, com “Voz e Violão”, álbum de 2021. Já Samuel Úria brindou courenses e visitantes na noite de 24 de abril, acompanhado por Jónatas Pires (guitarra elétrica e acústica, harmónio indiano, voz), Silas Ferreira (teclados, sampler, percussão, oboé, voz), António Quintino (baixo, voz) e Tiago Ramos (bateria, glockenspiel, voz) e tocou canções do álbum ‘Canções do Pós-Guerra’, mas que não têm nada de bélico.

ilustração de cravos vermelhos



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