A pretexto do concelho de Montalegre ter sido declarado pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), região património agrícola mundial, os CTT - Correios de Portugal, vão emitir um milhão de selos com paisagens do nosso território. A reunião preparatória aconteceu esta semana nas instalações da autarquia onde o presidente do município, Orlando Alves, reuniu com o diretor de Filatelia da empresa. A emissão é tornada pública, por feliz coincidência, no próximo 9 de junho, feriado municipal.
Orlando Alves, Presidente da Câmara de Montalegre refere que,
«na sequência da outorga do selo qualificativo da FAO, que nos considera Património Agrícola Mundial, entrei em contacto com a direção de filatelia dos CTT e desafiei-os a agarrarem este desígnio que me parece que foi muito pouco badalado na comunicação social. Nem toda a gente em Lisboa teve tempo para agraciar os municípios de Montalegre e Boticas pela atribuição deste título. O desafio foi aceite. Tivemos o primeiro encontro há cerca de cinco meses. Comunicaram-me que iriamos desenvolver esta ideia. Preparamos a edição que será tornada pública no nosso feriado municipal. É um momento importante. É o reconhecimento de quem está distante e valoriza o que somos. Somos Património Agrícola Mundial e, a partir de junho, o Mundo vai receber cartas com imagens de Montalegre que serão cuidadosamente selecionadas. Um milhão de exemplares é um número que nos engrandece e está à altura do município de Montalegre e da dignidade dos seus autarcas».
Raul Moreira, diretor filatelia dos CTT, adiantou que, "Começamos a trabalhar num famoso livro do fumeiro e foi um pouco em função disso que queremos celebrar a nomeação pela UNESCO da região do Barroso. Vamos fazer uma emissão de selos da república, em 2020, precisamente com essa temática. Se tudo correr bem, será lançada no dia 9 de junho de 2020. Temos de ter algum cuidado em manter, do ponto de vista da antropologia do conhecimento mais científico ligado à atividade agrícola mais antiga, os elementos que nos permitam fazer imagens a verdade do que se passou. Por um lado, tem a ver com a notoriedade e a mostra que temos em relação às pessoas que vão comprar estes selos. Do ponto que vista da divulgação, queremos elementos que sejam corretos em relação à antropologia e à ciência da agricultura antiga. Serão emitidas para circulação cerca de um milhão de peças».