A Secretaria de Estado do Turismo anunciou, esta terça-feira, que o Castelo de Vila Nova de Cerveira deverá abrir em 2021, transformado em hotel de quatro estrelas, num investimento estimado em cerca de 3 milhões de euros. O imóvel, que integrou o Programa Revive, foi adjudicado a Eurico da Fonseca, que desenvolveu o projeto do Palácio de São Bento da Vitória, no Porto. Autarca cerveirense realça “um passo decisivo para que se concretize o propósito de devolver este imóvel ao serviço dos Cerveirenses, da economia local e dos inúmeros turistas que reconhecem o Castelo como um dos ex-libris do concelho”.
De acordo com a nota emitida pela Secretaria de Estado do Turismo, a proposta vencedora apresentada por Eurico da Fonseca atingiu praticamente o triplo do valor base do concurso, correspondendo a uma renda anual de 33.500 euros anuais (o valor base estava fixado em 13.260 euros). O investimento estimado para a recuperação do imóvel é de cerca 3 milhões de euros, para a instalação de um hotel com um mínimo de 4 estrelas, que contará com 41 quartos, restaurante e ginásio, e cuja abertura está prevista para o final de 2021.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, “o Programa REVIVE abriu uma janela de oportunidades para a resolução de uma enorme preocupação dos Cerveirenses, após 10 anos de impasse e de abandono do Castelo”. Fernando Nogueira elogia “a atenção e celeridade” com a então Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, que liderou este processo, “culminando com uma utilização digna daquele imóvel”. “Dar vida ao nosso Castelo tem sido a bandeira do atual executivo desde 2013. Nunca desistimos e, em cinco anos de diversas reuniões e pedidos, formais e informais, finalmente temos uma solução que nos parece ser uma mais-valia para Cerveira e para os Cerveirenses, sendo já uma prenda de aniversário antecipada para os 700 anos da fundação de Vila Nova de Cerveira, que se assinala a 1 de outubro de 2021”, diz Fernando Nogueira.
Para a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, “a conclusão do concurso do Castelo de Vila Nova de Cerveira é uma excelente notícia para a requalificação e valorização deste espaço extraordinário e para a criação de alojamento que responda à procura crescente no Alto Minho. A recuperação deste imóvel com 700 anos de história será um importante fator de geração de riqueza e de criação de emprego e comprova a importância do Revive na recuperação do nosso património público”.
A Secretária de Estado da Cultura, Ângela Ferreira, sublinha “a importância deste passo para a preservação e dinamização do património cultural português, peça chave da nossa identidade histórica, mas igualmente desafiante para o futuro de todos nós. O Castelo de Vila Nova de Cerveira deve convocar-nos para o compromisso efetivo de devolvermos o património às pessoas, dinamizando-o com a criação, também nestes espaços, de mais e melhor oferta cultural para os cidadãos”.
O Castelo de Vila Nova de Cerveira é um castelo medieval de estilo gótico, construído em 1320 por ordem do rei D. Dinis, e que alberga a antiga Igreja da Misericórdia, a antiga Casa dos Governadores, a cadeia e outros anexos. Situado no centro de Vila Nova de Cerveira e junto à estação ferroviária, o Castelo de Vila Nova de Cerveira dispõe de uma vista privilegiada para o Rio Minho, que traça a fronteira natural com Espanha, que está do outro lado da margem. Este complexo foi adaptado a Pousada entre 1982 e 2008.
Até ao momento foram lançados concursos relativos a 19 imóveis no âmbito do Revive – programa lançado em 2016 que tem como missão promover e agilizar os processos de rentabilização e preservação de património público devoluto, tornando-o apto para a atividade turística.
Com o Castelo de Vila Nova de Cerveira, passam a ser 11 os imóveis adjudicados ao abrigo do Programa Revive, o que representa um investimento de 103 milhões de euros.