O melgacense Álvaro Domingues apresenta em Melgaço, no dia 5 de maio, o seu mais recente livro: ‘Volta a Portugal’. A sessão terá lugar na Casa da Cultura de Melgaço, pelas 21h30.
Geógrafo de formação e professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), há várias décadas que Álvaro Domingues trabalha sobre temáticas relacionadas com a geografia urbana, o urbanismo e a paisagem. ‘Volta a Portugal’, da Edições Contraponto, do Grupo Porto Editora, é um livro que preenche curiosidades ou estranhamentos acerca da exótica geografia das paisagens, das estradas, aldeias, vilas e cidades e outros nomes de coisas que estão nos mapas de Portugal. Cruzando fotografia, geografia, arquitetura, antropologia e até literatura, este livro problematiza esse conceito a que alguns chamam Portugalidade.
Geógrafo de formação e professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), Álvaro Domingues tem vindo a publicar com regularidade sobre temáticas relacionadas com a geografia urbana, o urbanismo e a paisagem. Volta a Portugal, a sua mais recente obra, é um livro que preenche curiosidades ou estranhamentos acerca da exótica geografia das paisagens, das estradas, aldeias, vilas e cidades e outros nomes de coisas que estão nos mapas de Portugal.
SINOPSE
De bicicleta ou de Google Earth, dar voltas em Portugal constitui um modo de (re)conhecimento perfeito para preencher curiosidades ou estranhamentos acerca da exótica geografia da terra dos portugueses. Dizem-nos e demonstram-no de maneira variada que tal terra existe mesmo, que tem um certificado de nascimento, um corpo, uma alma, uma identidade. Não tem nem tem de ter. Muito se insistiu no Portugal dos marinheiros, dos fados ou da bola no jardim à beira mar plantado - um território, o nevoeiro dos antepassados, os mitos, o império, a língua, a saudade e a ruína, aquele que os deuses amam e visitam, o bom povo cosmopolita ou burro de trabalho repartido pelo mundo. Pode ser tudo isso e muito mais e mudar no dia a seguir ou perder-se no caminho; pode dar um execrável programa na televisão, um elaboradíssimo ensaio, um solene discurso patriótico ou uma frenética crepitação nas redes socias.
Se existe, pode-se-lhe tirar o retrato, variar a pose e os humores do seu território, a sua casa comum. É um caleidoscópio dos cumes do Pico ou da Estrela até aos lodos da ria que é formosa. Não há como congelar tudo numa imagem e as palavras estão cheias de ecos. Não há um fio condutor, um roteiro. Vai-se pela terra fora. Convocam-se palavras de muitas vozes e tempos. Alguma lhe servirá melhor que outras.