Câmara Municipal Arcuense e Universidade do Minho valorizam Património Cultural.
No âmbito do Programa municipal de comemorações do Ano Europeu do Património Cultural, a Câmara Municipal celebrou, no passado domingo, na freguesia do Extremo, o protocolo para “Conservação, Estudo, valorização e Divulgação dos Fortes de Bragandelo e da Pereira, Arcos de Valdevez”, a realizar pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, com um valor de 20 mil euros, para a execução de Estudos de Arqueologia e História, Levantamentos Topográficos Especializados, Conceção e Produção de Conteúdos para divulgação, tendo sido a sala da sede da Junta de freguesia pequena para acolher todos os que quiseram assistir ao ato.
Através deste protocolo, far-se-á a pesquisa bibliográfica, limpeza dos Sítios arqueológicos, prospeção, execução de levantamento topográfico detalhado e de reconstituição fotogramétrica e 3D, execução de sondagens arqueológicas no Forte do Bragandelo com criação de um dia de visitas para público e população local, conceção e produção de conteúdos para divulgação, indicação de metodologias de valorização, conservação e potenciação do Sitio.
A intervenção vai incidir maioritariamente no Forte de Bragandelo, o mais bem conservado. Estes fortins são do séc. XVII, enquadrados por tal no período da Guerra da Restauração, e representam uma mais-valia para o turismo e a cultura do concelho, e em particular para a freguesia do Extremo, uma vez que são exemplares superlativos no contexto de toda a Península Ibérica.
Presentes nesta cerimónia estiveram o Presidente da Câmara Municipal, João Esteves, o Prof. Doutor Rui Vieira de Castro, Reitor da UM, a Prof. Doutora Manuela Martins, Vice-Reitor da Área de Cultura e Sociedade; o Doutor Luis Fontes, Unidade de Arqueologia da UM; a Doutora Rebeca Blanco-Rotea, Universidade de Santiago de Compostela; a Dra. Elvira Rebelo, Diretora de Serviços de Bens Culturais da DRCN (em representação do Diretor da DRCN Doutor António Ponte), o Presidente da Junta de Freguesia e o Tesoureiro da União das Freguesias de Portela e Extremo, Arlindo Barbosa e Abel Correia, bem como muitos populares que fizeram questão de assistir ao momento.
Nesta sessão foi destacada toda a importância histórica e cultural dos monumentos, tendo ficado bem presente que estes dois exemplares são dos mais bem conservados de que há memória e que existe uma grande vontade de criar condições para que se transformem numa referência nacional e internacional.
O papel da população também foi relevado, tendo os estudiosos solicitado a sua ajuda ao nível do estudo que irá ser feito.
Para o autarca, João Esteves, este é mais um passo de grande importância para o desenvolvimento cultural, económico e social do concelho e da freguesia, classificando os dois monumentos como mais “um ponto de atração para o concelho, de reforço da identidade cultural, de promoção do património e da História de Arcos de Valdevez e de Portugal”.
João Esteves fez ainda votos de que a relação com a universidade do Minho se torne ainda mais forte, pois “só com conhecimento podemos promover o desenvolvimento, fixar e atrair mais pessoas para o território.“