Foi com duas sessões, à tarde para o público escolar e à noite para o público em geral que, na passada sexta-feira, o músico, professor e investigador italiano Maurizio Padovan apresentou em Ponte da Barca o concerto-conferência “O Violino de Auschwitz”, iniciativa que relata a importância da música durante o Holocausto.
Duas salas cheias para ouvir Maurizio Padovan sobre muitos aspetos de natureza política e social daquele que foi o período mais negro do século XX - a II Guerra Mundial.
Com recurso a fotografias e vídeos que documentam essa época, Maurizio relatou todo o desenrolar da II Grande Guerra,abordando muitos pormenores relevantes.
O verdadeiro foco da conferência foi, no entanto, a música. Com a ajuda do seu violino, Maurizio Padovan explicou a importância deste tipo de arte na vida dos deportados nos campos de concentração, orquestras formadas pelos detidos cujas apresentações variavam desde a chegada de novos judeus aos guetos, para entretenimento dos soldados, ou até mesmo no acompanhamento de prisioneiros que seriam executados nas câmaras de gás.
Apesar de ter sido usada como instrumento de tortura e uma tentativa de propaganda nazi para convencer quem estava do lado de fora que nos campos de concentração se vivia em condições humanas, a música representou também o heroísmo, a resistência, aluta, a superação e, essencialmente, a esperança. E foi essa esperança que ajudou a que muitos sobrevivessem.
A importância da música durante o Holocausto foi o objetivo deste concerto-conferência.