1 de Junho, 2024
Está inaugurada oficialmente mais uma edição do Festival Internacional de Jardins, que todos os anos, traz à vila de Ponte de Lima milhares de visitantes para apreciarem as criações dos concorrentes. Este ano, o tema é “O Imaginário na Arte dos Jardins” e conta com 11 sugestões, mais a vencedora do ano anterior.
O Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, foi o convidado de honra para a inauguração deste festival que é único no país. Após visitar alguns dos jardins e ainda os Jardins Escolinhas, Aguiar-Branco referiu: “Acho que é um momento fantástico; o tema deste ano é um tema que potencia muito a criatividade, portanto, trabalhar à volta do imaginário. Não tenho experiência de passado, mas acho que os exemplares que aqui estão são todos muito conseguidos, quer os que são da dimensão adulta, quer os das crianças, e acho que é um trabalho que marca aqui, também esta região, marca Ponte de Lima e, por isso, só posso dizer bem.”
Para a segunda figura do Estado, “isto reforça a identidade da ligação à terra; o facto também de estar a ter tanto sucesso significa que Ponte de Lima vira embaixador, não só, em Portugal, mas também em dimensão internacional e, com isto, está-se a desenvolver a região, a dar oportunidade de criatividade aos mais novos e há também um intercâmbio cultural, que é muito importante (…) nos tempos que correm, onde tantas vezes é os conflitos que são notícia, aqui não: são imagens de paz, imagens de harmonia e está de parabéns a Câmara de Ponte de Lima ao dinamizar um evento que tem estas características”, realçou.
O festival foi inspirado no festival francês de Chaumont-sur-Loire e todos os anos traz novo tema e novos jardins, sendo já conhecido o tema para 2025: “Jardim da Paz- Jardim para a Paz”. O júri do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima é presidido pelo arquiteto Francisco Caldeira Cabral que, juntamente com a arquiteta Teresa Andresen, presidente da Associação de Jardins Históricos de Portugal, o arquiteto Manuel Carvalho e Sousa, o arquiteto André Lima Araújo e a arquiteta paisagista Elsa Matos Severino selecionam os projetos de centenas de participantes para cada edição. Na edição deste ano, o festival conta com 11 jardins efémeros, oriundos de 13 países, aos quais se junta o jardim mais votado da edição anterior, “Viva la Vida” da arquiteta paisagista argentina Victoria Magnano. Simultaneamente, ocorre a 9ª edição do Festival de Jardins Escolinhas de Ponte de Lima que apresenta 12 jardins elaborados pelos alunos dos agrupamentos de escolas do concelho de Ponte de Lima.
O diretor do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, Francisco Calheiros, afirmou na inauguração, esta sexta-feira, que “o Festival cada vez está mais fora das nossas fronteiras no bom sentido; tem uma participação internacional muito grande”, salientou, acrescentando que é objetivo da organização “que o Festival de Jardins de Ponte de Lima seja um ex-libris desta vila, mas não só, que seja um ex-libris da região e de Portugal porque é único a nível nacional.”
O Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, Vasco Ferraz, destacou a longevidade do Festival, que em 2025 assinalará 20 anos, assim como o Festival Escolinhas, que vai para a 10ª edição. “Um projeto que tem vindo a ser reforçado por parte da Câmara naquilo que é a melhoria das condições para os participantes do festival de jardins”, frisou, notando “além daquilo que é um trabalho de internacionalização do nome de Ponte de Lima, também dá uma imagem daquilo que é a forte ligação que as pessoas do concelho têm à terra e daquilo que as pessoas do concelho têm, também, ao mundo dos jardins, e aproxima-nos muito daquilo que eram as casas senhoriais do concelho e dos seus fantásticos jardins, que estavam já, desde tempos imemoriais ligados às primeiras formas de turismo, que é um setor da nossa área económica que, cada vez, tem crescido mais nos últimos anos”, destacou. “Acho que isto é exatamente um exemplo daquilo que Ponte de Lima sabe fazer que é um trabalho extraordinário da divulgação da nossa terra, da formação das nossas crianças, para nós conseguirmos, de certa forma, sonhar em alcançar, no dia de amanhã, uma terra cada vez melhor, cada vez mais saudável, cada vez mais sustentável e que faz com que a gente se sinta motivado para continuarmos a fazer este trabalho em prol da qualidade de vida dos nossos cidadãos”, rematou Vasco Ferraz.
A 19ª edição do Festival Internacional de Jardins com o tema “O Imaginário na Arte dos Jardins” remete à interseção entre a natureza, a cultura e a criatividade humana. Os jardins aqui presentes são repletos de simbolismo e metáforas, e nos Jardins Escolinhas, as crianças e professores deram asas à imaginação, transportando para os projetos histórias infantis e não só.
No espaço, é ainda possível visitar a exposição 2005 -2023 que junta os Jardins Mais Votados. . "O Imaginário na Arte dos Jardins" fica patente ao público até 31 de outubro. Durante este período encontram-se abertas as candidaturas para a edição 2025, sob o tema "Jardins da Paz – Jardins para a Paz".
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